Entrevista V Magazine: Avril Lavigne Fala Sobre Novo Álbum, Hits Icônicos e Sua Conexão com os Fãs na Turnê de 2024

 



AVRIL LAVIGNE: V MAGAZINE 2024

Se você foi adolescente nos anos 2000, talvez ainda se lembre da sensação única de voltar para casa depois de comprar o primeiro álbum de Avril Lavigne, Let Go. O momento de segurar o CD, com aquela capa icônica — onde uma jovem Lavigne aparece de braços cruzados e expressão séria na esquina das ruas Canal e Broadway — era como um pacto silencioso. Era como se, de alguma forma, vocês estivessem juntos nessa jornada de angústias adolescentes e incertezas. Aquela capa e, claro, o som de músicas como “Complicated”, mostraram um lado da vida que muitos ainda não conheciam: a primeira experiência de decepção e desilusão antes mesmo de entender o que significava se apaixonar.

Com o tempo, Lavigne passou de uma estética sombria para uma explosão de tons de rosa — seja em fotos, no cabelo ou na própria música. Faixas como “Girlfriend” e “What the Hell” trouxeram uma nova energia à sua carreira e abriram espaço para um tipo de raiva feminina dentro do pop punk. Avril lançou uma trilha para gerações de jovens que buscavam se expressar, e essa tradição foi continuada por artistas como Paramore, Olivia Rodrigo e sua recente parceira de turnê, Royal & the Serpent.

Agora, mais de duas décadas após sua estreia, Avril Lavigne celebra seu legado com o lançamento de um álbum de Greatest Hits, que reúne os sucessos que marcaram sua trajetória. A turnê norte-americana que acompanha esse lançamento revive esses hits e cria uma nova experiência para fãs de longa data e para os recém-chegados. Mas o que deve significar para uma artista tão consolidada revisitar toda sua carreira e levar essas músicas, tantas vezes cantadas, para a estrada? Em uma conversa exclusiva com a V Magazine, Avril compartilha suas reflexões sobre sua trajetória, a emoção de ver sua música cruzar gerações e o prazer de colaborar com artistas amigos e icônicos da cena pop punk.



V MAGAZINE: Como foi ouvir e compilar todos os seus maiores sucessos em um álbum pela primeira vez?

AVRIL LAVIGNE: Sempre quis lançar um álbum de Greatest Hits. Passar pelo processo de escolha foi uma verdadeira viagem no tempo. Essas músicas são uma grande parte de quem eu sou, da minha vida e da minha carreira. Estou ansiosa para voltar ao estúdio agora, me sentindo muito inspirada para entrar no processo criativo do novo álbum.


V: O que é especial em performar essas músicas na frente dos fãs em 2024?

AL: É muito especial ouvir a plateia cantando as músicas de volta para mim, cada voz individual unida em uma força gigantesca. Eu olho e vejo crianças com seus pais, melhores amigos e casais, todos cantando e sentindo as mesmas emoções.




V: Alguns artistas hesitam em revisitar suas obras antigas, mas os fãs praticamente exigem isso. Quanto você valoriza a nostalgia em comparação com olhar para frente e inovar? O que é especial em olhar para trás em sua longa carreira?

AL: Eu sempre amei minhas músicas antigas e sempre vou amá-las. Elas são a razão pela qual estou aqui e posso fazer isso há tanto tempo. Adoro trabalhar em material novo, mas as músicas antigas têm um lugar especial no meu coração, assim como no coração dos fãs.



V: Simple Plan, All Time Low, Royal & the Serpent, girlfriends – como eles foram escolhidos para a turnê?

AL: Para essa turnê, eu sabia que queria estar na estrada com amigos, para que fosse divertido tanto no palco quanto fora dele. [Com Simple Plan]...nossas carreiras resistiram às mudanças de tempos e tendências. É realmente especial poder compartilhar isso, e é incrível como nossos caminhos puderam se cruzar assim. All Time Low é uma das bandas mais divertidas de se ter por perto e uma banda ao vivo incrível, então foi uma combinação perfeita.

Recentemente conheci a Royal e vi o quanto ela é divertida como performer. Era muito importante para mim ter uma artista mais jovem e incrível no palco nessa turnê, para que não fosse só sobre nostalgia. girlfriends saiu comigo na parte da turnê ‘Love Sux’ na Europa/Reino Unido em 2023. Tivemos muitos encontros divertidos depois dos shows, e eles fazem um show ótimo.




V: Imagino que muitos pais que trouxeram seus filhos para esta turnê eram crianças nos seus primeiros shows. Seu público mudou desde que você começou?

AL: Eu sempre meio que soube, mas é realmente surreal ver isso. Esta turnê me mostrou o alcance das músicas. Vejo pessoas da minha idade e crianças que estão em seu primeiro show com seus pais. É muito especial para mim que minha música possa ser compartilhada entre gerações.




V: Seu estilo sempre foi autêntico e facilmente identificável. Quem cuidou da direção de estilo para essa turnê? O que há de empolgante ou único nas roupas escolhidas?

AL: Trabalhei com Ashton Michael para criar peças customizadas com patchwork que homenageiam todos os meus álbuns. Fizemos minissaias com moletons de tela e camisetas largas que combinavam com o cenário. Ele é um gênio incrível para fazer essas coisas, e é uma das partes mais divertidas de se preparar para uma turnê.



V: Qual tem sido sua música favorita para tocar nesta turnê? Sem querer fazer você escolher um “filho” favorito, por assim dizer.

AL: “Girlfriend” é super divertida. Eu sabia que queria começar o show com ela para dar um impacto logo de cara. Tocar guitarra em “My Happy Ending” e “Nobody’s Home” é uma boa mudança de ritmo. Eu realmente gosto de tocar músicas mais recentes como “Bite Me” e “Love It When You Hate Me”, e ouvir os fãs cantando junto tão alto quanto fazem com os clássicos.



V: Alguma participação especial nesta turnê?

AL: Deryck Whibley do Sum 41 veio para o meu show em Vegas e pudemos tocar “In Too Deep”, que todo mundo adora. Ter o Deryck no palco comigo foi tão divertido, e foi uma ótima surpresa para o público. Deixa eu te dizer: foi incrível! Aquele riff de guitarra é simplesmente icônico.



V: Como você espera que os fãs se sintam depois de assistir a um dos shows desta turnê?

AL: Espero que meus fãs consigam se sentir vivos e fiéis a si mesmos nos meus shows. Essas músicas significam muito para mim, e toda noite, quando as pessoas cantam de volta para mim, sinto o quanto elas significam para elas também. Realmente, não há nada parecido no mundo. Sou muito sortuda de estar há 22 anos na carreira e ainda alcançando novos patamares.






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